Como Prever a Síndrome da Classe III Cirúrgica

Classe III Latente: Como prever, diagnosticar e planejar cefalometricamente, os pacientes Classe III
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Esta, certamente, é uma das questões mais desafiadoras impostas ao Ortodontista, em começo de carreira. Isto porque a imprevisibilidade da resposta depende de múltiplos fatores; os quais, na esmagadora maioria das vezes, não temos o menor controle.

O tratamento de pacientes com antecedentes familiares ou sinais precoces de classe III requer um prognóstico adequado da evolução da anomalia, até o final da fase de crescimento.

A não utilização dessa previsão (clínica e cefalométrica) nos tratamentos realizados em idades precoces proporcionará erros de diagnóstico e planejamentos ineficientes, que podem induzir à instauração de mecânicas ortopédicas ou ortodônticas em casos cuja solução suscitará procedimentos cirúrgicos.

Existem sinais clínicos que, associados ou não, evidenciam precocemente a tendência ao comprometimento exagerado das bases ósseas envolvidas, como por exemplo:

  • Prognatismo familiar acentuado em idade precoce (antes de 8 anos de idade)
  • Tendência a crescimento vertical da face
  • Cruzamento posterior da mordida associado a inversão do articulado dentário, sem causa postural

Outra maneira eficaz de avaliação é a análise de alguns dados cefalométricos, em especial, oriundos da análise do Dr. Robert Ricketts.

Vantagens deste método

  • Avaliar a possibilidade de êxito do tratamento ortopédico;
  • Descartar a realização de um tratamento ortopédico ou ortodôntico naqueles casos nos quais o prognóstico indique crescimento excessivo insolucionável;
  • No caso de se optar por tratamento, tanto o profissional quanto o paciente e seus responsáveis estarão alerta quanto a um eventual fracasso total ou parcial. Desse modo, o fracasso não poderá ser atribuído a um tratamento incorreto, mas unicamente aos fatores do crescimento.

A princípio, Ricketts encontrou quatro fatores relacionados ao crescimento mandibular excessivo. Posteriormente, agregou mais dois fatores, chegando assim a uma exatidão na previsão.

O prognóstico do caso está diretamente relacionado ao número e à magnitude dos desvios das normas.

O que considerar (cefalometricamente) na Síndrome da Classe III Cirúrgica

(*) Devem-se considerar especialmente esses fatores para a detecção de um potencial anormal, até mesmo quando não exista nenhum sinal de classe III

Saiba mais sobre a má oclusão de Classe III

Sobre o autor:

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MSc. Giovanni de Carvalho

Nosso C.E.O possui graduação em Odontologia pela Fundação Universidade de Itaúna (2002), pós graduação em Ortodontia, Implantodontia e Cirurgia Oral Menor, especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial , mestrado em Ortodontia pela Faculdade Ingá - Maringá/PR. Foi Professor e Sub-coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da Ortoprev / São Leopoldo Mandic - Ipatinga. Atualmente é coordenador e professor dos cursos de especialização do Centro de Estudos e Tratamento da Odontologia (CETRO/BH).

Foi o idealizador e proprietário da plataforma de ensino Cetro Online. Proprietário de Consultório Particular, colaborador científico dos braquetes Infinity, palestrante e autor de diversos artigos. É membro atuante do conselho editorial da revista científica Journal of Oral Health and Dental Care. Idealizador, proprietário e produtor de conteúdo da plataforma de ensino Manhattan - Consultoria de Casos Clínicos.

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